A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 8 milhões de brasileiros sofram com a infertilidade. Para auxiliar quem sonha em ter um filho, existem os procedimentos de Reprodução Assistida de baixa e de alta complexidade, variando conforme as causas da infertilidade e o organismo dos pacientes.
Cada forma de tratamento possui suas particularidades e suas indicações, porém, podemos diferenciar os métodos de baixa e de alta complexidade pela necessidade de manipulação dos gametas e dos embriões em laboratório. Ou seja, os procedimentos de baixa complexidade não exigem essa manipulação, mas os de alta complexidade sim.
Reprodução Assistida de baixa complexidade
Quando falamos em procedimentos de baixa complexidade, o Coito Programado é uma das técnicas mais citadas. O método é indicado para mulheres com distúrbio de ovulação e é baseado no ciclo menstrual da mulher, podendo ou não utilizar medicamentos para estimular a produção e a liberação de óvulos. A relação sexual é orientada de acordo com o dia da ovulação, que é detectado pela ultrassonografia transvaginal ou testes de urina. Conceitualmente, como não existe a manipulação de gametas, não pode ser considerada técnica de reprodução assistida.
Outra opção de tratamento que é considerada de baixa complexidade é a Inseminação Intrauterina. É indicada para casais que possuem impeditivos para a gestação, como SOP (Síndrome de Ovários Policísticos), endometriose leve e ESCA (Esterilidade Sem Causa Aparente) masculina leve. Essa técnica consiste na deposição de espermatozoides (após preparo prévio específico) na cavidade uterina, diminuindo o caminho que o esperma precisa percorrer até o óvulo. Para aumentar as taxas de gravidez com o procedimento, utilizamos indutores para estimular o crescimento de 2 ou 3 folículos. Desta forma, liberando 2 ou 3 óvulos terá uma chance de até 10-15% de engravidar em cada inseminação. Quando não ocorre a gravidez, podemos repetir por mais duas vezes antes de tentar as técnicas de alta complexidade.
Reprodução Assistida de alta complexidade
Os procedimentos de alta complexidade consistem na Fertilização In Vitro (FIV) e na Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoides (ICSI). Ambos os métodos podem parecer semelhantes, pela estimulação ovariana na tentativa de captar grande quantidade de óvulos mas, se diferenciam pela manipulação realizada em laboratório.
Assim, no dia da Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoides o sêmen é coletado e processado, eliminando as toxinas, plasma seminal e espermatozoides mortos. Na sequência, são selecionando os melhores espermatozoides, serão introduzidos dentro do óvulos, utilizando uma agulha seis vezes mais fina que um fio de cabelo. Cada óvulo receberá um espermatozoide. Dessa forma, após a fecundação e a evolução inicial dos embriões, eles são transferidos para a cavidade uterina da paciente.
Por sua vez, no tratamento de Fertilização In Vitro também são realizados os procedimentos de estímulo ovariano, coleta dos óvulos e do sêmen e fecundação em laboratório. Todavia, cada óvulo é colocado em uma cultura de espermatozoides (cerca de 100 mil), de forma que a fecundação é espontânea. Com isso, após a formação e evolução inicial dos embriões, eles são transferidos para o útero da mulher.
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