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Mãe e filhos

Gerando vidas e realizando sonhos!

Câncer: a fertilidade em risco



A mulher moderna enfrenta uma realidade cada vez mais comum. O diagnóstico do câncer de mama tem apresentado um grande avanço que permite sua detecção em mulheres mais jovens, muitas vezes sem família constituída ou filhos.

O tratamento do câncer também evoluiu e determinou altas taxas de cura e sobrevida para estas mulheres. Assim, muitas são as mulheres que, diante disto, renovam suas expectativas e retomam projetos de vida, dentre eles a busca da maternidade, após o enfrentamento do câncer.

Uma conversa franca e esclarecedora com a equipe que trata o câncer de mama e uma interconsulta com um especialista em reprodução assistida fazem parte hoje de uma abordagem mais humana e estabelece uma estratégia de resgate da fertilidade, antes mesmo de iniciar a terapia contra a doença.

A escolha de quimioterapias menos agressivas e doses radioterápicas mínimas e dirigidas, associação de quimioprotetores ovarianos, tem demonstrado afetar menos a fertilidade e colaborar para uma possível gravidez espontânea, com retorno dos ciclos menstruais e função reprodutiva.

Os tratamentos com cirurgias, quimioterapia e radioterapia são indicados em vários casos de câncer e, também, em doenças como o lúpus eritematoso sistêmico e a esclerose múltipla. A agressão ao ovário depende do tipo de quimioterápico escolhido, dose utilizada, duração do tratamento e a idade da paciente, de forma que o impacto desses tratamentos sobre a função ovariana pode ser percebido, a curto prazo, por distúrbios menstruais e, a longo prazo, por menopausa precoce. Para o sexo masculino, a quimio e a radioterapia são igualmente danosas, podendo levar a alterações hormonais e a infertilidade.

O avanço da medicina já permite o uso de técnicas que preservam a fertilidade. Entre as técnicas disponíveis para as mulheres, destacam-se a transposição ovariana, a fertilização in vitro (FIV) com o congelamento de embriões ou óvulos, o congelamento de tecido ovariano e a aplicação de hormônios que protegem o ovário.

Transposição ovariana

A transposição ovariana consiste em reduzir a exposição dos ovários à irradiação, fixando-os atrás do útero ou retirando-os do campo de irradiação, através da técnica de videolaparoscopia.


Fertilização In Vitro

Na fertilização “in vitro” o procedimento todo pode ser realizado entre 15 e 30 dias, onde, através do uso de medicamentos, os ovários são estimulados a recrutar vários folículos, seguido pela coleta dos óvulos, fertilização dos mesmos em ambiente laboratorial e congelamento dos embriões para transferência, após a cura do câncer. ​

Para as pacientes solteiras, que não desejam utilizar sêmen de doador, uma opção é o congelamento de óvulos que apresenta resultados progressivamente positivos. No congelamento de tecido ovariano, método ainda experimental, uma porção do ovário ou o ovário por inteiro é retirado através da videolaparoscopia e congelado em pequenos fragmentos. Após a cura do câncer, o material é descongelado e transplantado para a paciente.

Aconselha-se aos pacientes em idade fértil, que necessitam de tratamento quimio e radioterápico, ou para aqueles que são responsáveis por uma pessoa de menor idade em via de realizar um tratamento antineoplásico, a conversarem com o médico para saber se há indicação para preservação da fertilidade. Se já realizou um destes tipos de tratamento e deseja saber a repercussão sobre a fertilidade, um especialista em Reprodução Humana deve ser procurado.


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